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Anime clássico da TV aberta, Tenchi Muyo! chega ao Crunchyroll

Novos episódios da animação serão liberados conforme o lançamento das temporadas em blu-ray no Japão

Anime clássico da TV aberta, Tenchi Muyo! chega ao Crunchyroll

Exibido na TV aberta brasileira no início dos anos 2000, o anime Tenchi Muyo! está, aos poucos, chegando à plataforma de streaming Crunchyroll. A série, que conta a história de um garoto de 17 anos que tem sua vida completamente alterada após investigar uma antiga lenda familiar, foi criada como inicialmente como uma coleção de adaptações originais em vídeo (ou OVAs), que mais tarde foram levadas para os mangás e transformadas em um anime semanal.

De acordo com o Crunchyroll, o lançamento de Tenchi Muyo! acompanhará a chegada das OVAs em home-video nas lojas japonesas, não chegando semanalmente ao streaming. Por enquanto, apenas o primeiro episódio está disponível na plataforma.

De acordo com a sinopse oficial, Tenchi Muyo! mostra um garoto que “cresceu ouvindo histórias de como seus ancestrais conseguiram selar um demônio em uma caverna. Tomado pela curiosidade, Tenchi entra na caverna e, ao remover a espada, acaba libertando sem querer o demônio – uma pirata especial chamada Ryouko Hakubi. Furiosa, ela ataca Tenchi, que a repele com sua espada e desperta seu poder interior, chamando a atenção da pirata, que decide morar na casa dele. Uma coisa leva a outra, e outras cinco mulheres alienígenas passam a morar com Tenchi, levando-o a conhecer mais sobre seu passado, seus novos poderes e uma ameaça iminente nos céus”.

Não há previsão para o lançamento dos próximos episódios.

Crunchyroll anuncia oito animes originais para 2020

In/Spectre, primeira da nova leva de animações produzidas pela plataforma, já está disponível no streaming

Site especializado no streaming de animes, a Crunchyroll anunciou a produção de oito séries originais, que serão lançadas ainda em 2020. Chamados de Crunchyroll Originals, os novos programas abrangem diversos gêneros conhecidos da animação japonesa. A plataforma divulgou também um trailer apresentando suas novas produções – confira acima.

Entre os novos animes, In/Spectre, série que mistura suspense com fantasia, já está disponível no streaming e terá novos episódios divulgados todo sábado, às 16h. Confira abaixo a lista completa dos Crunchyroll Originals e a previsão de seus lançamentos

  • In/Spectre – suspense/fantasia – já disponível
  • Tower of God – fantasia – abril de 2020
  • Onyx Equinox – aventura – segundo trimestre de 2020
  • The God of High School – ação/fantasia – sem previsão
  • Noblesse – fantasia – sem previsão
  • Meiji Gekken: Sword & Gun (título provisório) – épico/aventura – sem previsão
  • FreakAngels – ação – sem previsão
  • High Guardian Spice – aventura – sem previsão

Esses não são os primeiros animes originais da Crunchyroll. Desde 2015, a plataforma já co-produziu cerca de 60 animações, entre elas The Rising of The Shield Hero, A Place Further Than The Universe e Classroom of The Elite. Além disso, o site é responsável por transmitir no Brasil animes como My Hero Academia, Dragon Ball Super e a nova temporada de Pokémon.

SAG Awards 2020 | Jennifer Aniston elogia Adam Sandler em discurso

Atriz ganhou prêmio por The Morning Show e lembrou colega de elenco

Joias Brutas; SAG Awards

Jennifer Aniston elogiou o colega Adam Sandler em seu discurso no SAG Awards 2020. A atriz, que venceu a categoria de Melhor Atriz em Série de Drama por The Morning Show, afirmou que Sandler é “extraordinário e sua mágica é real”. O ator era cotado para a temporada de premiações por sua performance em Joias Brutas, mas o astro foi esnobado até agora pelos eventos principais:

“Ah, e Adam Sandler, sua performance é incrível e sua mágica é real. Te amo, amigo”, disse a atriz que já atuou ao lado de Sandler em filmes como Esposa de Mentirinha e Mistério no Mediterrâneo.

OSAG Awards é o prêmio do Sindicato de Atores de Hollywood e premia as melhores performances do ano. Confira a lista de vencedores.

Manifest – O mistério do voo 828 – 1ª temporada | Crítica

Sucesso da NBC sobre o misterioso voo 828 chega ao Globoplay

Manifest

Alguns títulos do nosso vasto catálogo de séries de TV são transformadores, divisores, provocam uma onda de réplicas que mudam a forma como as histórias são contadas. Entre esses títulos (que incluem The Sopranos, Arquivo X e Sex and the City) está Lost, a série da ABC que foi um dos maiores – senão o maior – fenômenos de popularidade da primeira década do ano 2000. Antes dela, ninguém na TV tinha bipartido narrativas entre retrocessos e avanços no tempo, várias vezes, no mesmo episódio, por exemplo. A junção intensa de religião com ciência, a teoria dos degraus de separação, a necessidade de manter o público atento para montar sozinho o quebra-cabeças. Depois dela, esse tipo de “série sobre um mistério central” passou a ser um “filão”, um mercado de investimentos que saturou o gênero.

Manifest, da NBC, tem duas coisas em comum com Lost: ela começa com um “acidente” de avião e sua narrativa esconde segredos a serem desvendados. As semelhanças, contudo, param por aí. Centrada na família Stone, a série começa quando os membros desse clã resolvem se separar para voltar a Nova York depois de uma viagem para a Jamaica. Ben Stone (Josh Dallas), sua irmã Michaela Stone (Melissa Roxburgh) e seu filho Cal (Jack Messina) embarcam no voo 828. Sua mulher Grace (Athena Karkanis) e sua outra filha Olive (Luna Blaise) partem em outro avião. O voo 828 sofre uma forte turbulência, mas consegue pousar na Big Apple no horário previsto. O problema é que quando chegam, os passageiros descobrem que cinco anos se passaram e parentes e amigos dos integrantes do 828 achavam que eles estavam mortos.

Com menos de 20 minutos de episódio-piloto a série entrega absolutamente toda a sua premissa, deixando o espectador sob a perspectiva incerta do que está por vir. A criação de Jeff  Rake (de The Tomorrow People) tem a intenção de ser uma história centrada no que aconteceu com os passageiros, sem muletas procedurais, enquanto, de fato, ela existe a partir do momento em que é revelado o que os integrantes do voo 828 tem em comum: todos ouvem em suas cabeças uma espécie de “chamado”, que antecipa o futuro ou ordena que eles tomem atitudes para evitar ou esclarecer problemas. Esse é o lugar de conforto da produção, que pode correr por excessivos 16 episódios, economizando o máximo possível de revelações. Em Manifest tudo é sobre ouvir e seguir os tais dos chamados.

Voo Rasante

Assim como acontece nesse tipo de série, as mensagens são cifradas e nada nunca é dito claramente. Os roteiros vão atrás de todo o tipo de referência que sirva à criação desses enigmas, como trechos bíblicos, alinhamentos planetários, horóscopo chinês e por aí vai. O efeito colateral de ser herdeiro dessas séries que dividiram águas é que nada nelas soa muito novo e as produções precisam se apegar a coisas como o carisma dos personagens, coisa que Manifest não tem. Os dramas entre aqueles que sumiram e os que ficaram são todos centrados na questão amorosa e perde-se boa parte do tempo vendo como funcionam os desinteressantes triângulos amorosos formados pelos irmãos Stone. É difícil torcer até pela jovem Saanvi (Parveen Kaur), que passa a série inteira tendo apenas diálogos sobre as poucas características científicas do que envolve o evento com o 828.

Assim como nas séries adolescentes, de fantasia ou mistério, ninguém tem uma rotina. Todos estão em perigo iminente, com suas vidas girando em torno dos passageiros, dependentes de ganchos que mantenham o público distraído semana após semana. A NBC ainda complicou a vida da produção ao não dar a ela o orçamento devido e algumas sequências pioram a deselegância do resultado final, como quando os personagens têm visões com terríveis lobos de computação gráfica. Os “chamados” aparecem na forma de vozes imperativas que – para variar – se resumem a “pare ele”, “liberte” e coisas do tipo, que, aparecendo entre as cenas, soam absolutamente cafonas. Esses detalhes brigam com a premissa da série, que tem chances reais de ser interessante, desde que os roteiros se comuniquem com mais organicidade.

Lá pelo meio da temporada uma reviravolta curiosa melhora ligeiramente as perspectivas para um segundo ano, quando o papel do governo perde força para uma resposta mais ampla, ligada, sobretudo, aos novos elementos que mesmo fora do avião, foram afetados pela curiosa transformação temporal. Mas, é aterrador perceber que Manifest parece destinada a continuar expandindo sua mitologia no intuito de justificar suas temporadas, o que vai nos afastando cada vez mais pela falta de verossimilhança. Sem personagens carismáticos, sem um orçamento justo, sem poder avançar muito na história, a série acaba soando genérica, uma versão de um produto original. Não quer dizer que algo não possa mudar daqui para frente. Contudo, agora o mistério é saber quanto tempo de vida saudável uma produção baseada em segredos pode ter atualmente.*Manifest – O mistério do voo 828 foi teve seus dois primeiros episódios exibidos como filme na Globo, mas já tem sua primeira temporada toda disponível para assinantes da Globoplay. 

Manifest – O mistério do voo 828 Em andamento (2018- )

Criado por: Jeff Rake

Duração: 2 temporadas

Globoplay anuncia expansão internacional

Plataforma chega aos Estados Unidos ainda neste final de semana

Logo oficial do Globoplay

Responsável pela transmissão brasileira de Doctor Who, The Good Doctor e Killing Eve, o Globoplay anunciou que iniciará, a partir de 19 de janeiro, sua expansão internacional, disponibilizando seu serviço nos Estados Unidos.

Produções originais do Globoplay, como Ilha de Ferro, Eu, a Vó e a Boi e Hebe, serão lançadas no streaming, ao lado de programas transmitidos na TV, como Jornal Nacional, Domingão do Faustão e Mais Você, e novelas, como Amor de Mãe e Avenida Brasil. Usuários norte-americanos também terão acesso ao conteúdo de outros canais do Grupo Globo, como o Gloob e o GloboNews.

O lançamento do Globoplay nos EUA será comemorado com um evento especial para convidados em Miami, na Flórida, em 5 de fevereiro, que contará com show do músico Thiaguinho e apresentação do ator Lázaro Ramos e da jornalista Mila Burns.

O valor de assinatura do Globoplay nos EUA será de US$ 13,99 e o aplicativo estará disponível para download na App Store e Google Play, TVs Samsung ou Android TV, Apple TV 4K e Chromecast a partir deste domingo (19).

Globoplay disponibiliza com exclusividade temporada final de The Big Bang Theory

Série começou em 2006 e foi um dos maiores sucessos da TV americana

The Big Bang Theory

Globoplay, que vem expandindo seu catálogo de séries cada vez mais, anunciou que disponibilizará em 14 de fevereiro a temporada final de The Big Band TheoryA plataforma já tem disponível no catálogo os 11 anos anteriores da produção, tudo exclusivamente para os assinantes.

Exibida originalmente entre maio de 2006 e maio de 2006, a série foi um dos maiores sucessos da televisão americana contando a história dos amigos nerds Sheldon (Jim Parsons), Leonard (Johnny Galecki), Raj (Kunal Nayyar) e Howard (Simon Helberg). 

Na temporada final, após muitas idas e vindas, Leonard e Penny (Kaley Cuoco) finalmente estão casados. Agora, até Sheldon encontrou uma companheira e, após iniciar um acordo de relacionamento com a neurobióloga Amy (Mayim Bialik), leva o relacionamento para outro nível ao se casar com ela. 

Arquivo X e novos episódios de The Good Doctor chegam ao Globoplay em janeiro

Confira a lista de novidades do streaming

Arquivo X e novos episódios de The Good Doctor chegam ao Globoplay em janeiro

O streaming Globoplay anunciou suas novidades para o mês de janeiro. Além de Scandal e Luther, o mês terá a chegada de episódios inéditos de The Good Doctor, Arquivo X e um filme original sobre o surfista brasieiro Gabriel Medina. Confira a lista abaixo:

03/01 – Conturbado

Divulgação

Após ficar cinco anos preso por assassinar a tia, um adolescente volta para sua cidade natal. Quando um novo crime ocorre, ele torna-se o principal suspeito.

06/01 – The Good Doctor, 3ª temporada

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Um jovem médico com autismo começa a trabalhar em um famoso hospital. Além dos desafios da profissão, ele terá também que provar sua capacidade a seus colegas e superiores.

07/01 – Chacrinha – A Minissérie

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Versão extendida do filme ‘Chacrinha: O Velho Guerreiro’, com inserções de depoimentos de pessoas que foram importantes na vida dele, entre familiares, amigos, chacretes, cantores e cantoras.

08/01 – O Filho

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A família McCullough se torna uma das mais poderosas do Texas com a exploração de petróleo no início do século 20. Por trás do sucesso, um patriarca violento cuida dos negócios. Baseado no livro de Phillip Meyer.

Sem data – The Crossing

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Uma pequena vila de pescadores nos Estados Unidos se sente ameaçada pela chegada de um grupo de refugiados, que alega estar vindo de um futuro distante de guerra e destruição. Do criador da série ‘Matador’.

09/01 – Clique

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Criada pelos mesmos realizadores de ‘Skins’, a série traz as amigas de infância Georgia e Holly entrando na universidade. Após algumas semanas, Georgia é atraída para uma irmandade, liderada pela misteriosa professora Jude Monroe.

10/01 – Scandal: Os Bastidores do Poder

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Olivia Pope, ex-diretora de comunicações da Casa Branca, abre uma empresa de gerenciamento de crises e descobre que seus clientes importantes não são os únicos que têm segredos.

Sem data – South of Hell

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Maria Abascal é uma exorcista e caçadora de demônios que, ironicamente, é possuída por Abigail, uma criatura que se alimenta com o mal que Abascal exorciza. Enquanto expulsa o mal dos outros, Maria precisa eliminar Abigail de seu próprio corpo.

16/01 – Quantico

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Um grupo de brilhantes recrutas chega à base do FBI em Quantico para o treinamento, mas tudo muda quando um deles é suspeito de planejar um ataque terrorista.

17/01 – Will & Grace, 1ª e 2ª temporada

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Onze anos depois, após ambos terem passado por divórcios recentes, Will e Grace acabam morando juntos novamente no apartamento de Will.

Sem data – Inferno Sobre Rodas

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Após a morte da mulher na Guerra Civil americana, o ex-soldado Cullen Bohannon começa a trabalhar na construção da primeira ferrovia transcontinental do país em busca de vingança.

23/01 – Dinheiro Sujo

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Recém-chegado de Hollywood, o pequeno Isaac revela que foi vítima de abuso de um famoso cineasta. Seus pais ficam divididos entre tornar o caso público ou manter o silêncio para preservar a criança e todos seguirem em frente.

24/01 – Luther

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John Luther é um detetive de assassinatos quase genial, cuja mente brilhante nem sempre pode salvá-lo da violência perigosa de suas fixações.

24/01 – O Chefe da Casa

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Um pai descobre que cuidar dos filhos é mais difícil do que pensava, quando sua esposa volta ao trabalho e ele tem de passar mais tempo com as crianças.

29/01 – A Máfia Só Mata no Verão

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No fim dos anos 1970, Salvatore, um menino de 10 anos, vive com a família na cidade de Palermo. Sob sua ótica, ele narra os dilemas de crescer em um local dominado pela máfia.

29/01 – Meus Dias de Rock

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Lucas e seus amigos da banda Coelho Branco lutam por um espaço na cena musical. Falta de dinheiro, briga de egos e problemas familiares estão entre os desafios do grupo de rock.

29/01 – Sra. Wilson

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Alison Wilson vive um casamento feliz, mas a morte de seu marido traz à tona um mundo de mentiras e segredos, que inclui a descoberta de uma suposta segunda esposa. Baseada em fatos reais.

29/01 – Arquivo X

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Agentes especiais do FBI, Fox Mulder e Dana Scully reabrem e investigam casos sob suspeita de atividade paranormal, enquanto forças ocultas tentam impedi-los.

31/01 – Medina

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Documentário retrata a história e a evolução pessoal e profissional de um dos maiores nomes do surf mundial, sobre a ótica de familiares, amigos e grandes nomes do esporte, como Guga Kuerten, Kelly Slater, Mick Fanning e Lewis Hamilton.

Sócios da Pagu Pictures lançam serviço de streaming brasileiro

Plataforma Filme Filme será lançada em janeiro

Logo da Pagu Pictures

Os sócios da Pagu Pictures Bruno Beauchamps, Ilda Santiago e Mayra Auad anunciaram durante o Festival do Rio o Filme Filme, novo serviço de streaming brasileiro que terá produções nacionais e internacionais.

A plataforma terá uma programação semanal de títulos separados em três categorias diferentes: Filmes de Festivais, Documentários e Sucessos de Público. Esse formato permite que o usuário passe mais tempo assistindo do que procurando os filmes.

O lançamento ocorreu junto com a divulgação de um manifesto, que afirma que “o Cinema Vive, o Cinema Desperta, o Cinema Aproxima e o Cinema Possibilita”. A estreia da plataforma está marcada para a segunda quinzena de janeiro.

Shippados – 1ª temporada | Crítica

Fernanda Young e Alexandre Machado retornam à problemática dos relacionamentos, dessa vez apostando na linguagem da internet e no carisma de Tatá Werneck

Foto de Shippados

As carreiras de Fernanda Young e Alexandre Machado na TV são tomadas de experiências intensas, que oscilam entre o popularesco e o extremamente peculiar. Não à toa, essas são características da literatura de Young, que é muito eficiente na construção de sua prosa e fica com a tutela midiática de quase tudo que ela e o parceiro fazem. O sucesso absoluto de Os Normais (série que ainda é a mais original e importante da teledramaturgia brasileira) gerou uma sequência de novos investimentos igualmente provocativos e igualmente tomados de estrelas. Vieram Os Aspones (com Selton Melo), Separação (com Debora Bloch), Macho Man (com Marisa Orth), O Dentista Mascarado (com Marcelo Adnet) e até o recente Vade Retro (com Monica Iozzi). Há ainda outros exemplos e todos reforçam a confiança dos atores no texto da dupla e a confiança da emissora no trabalho deles, ainda que muitos desses títulos não tenham alcançado longevidade.

A contribuição de Tatá Werneck com Young e Machado era quase uma inevitável. Rápida, sagaz e com um timing agudo, a atriz era a interlocutora perfeita para o texto da dupla, que depende muito de sensibilidade para ser descolado do papel com a naturalidade que precisa para ser engraçado. Esse mesmo texto – que busca às vezes o escracho e a escatalogia – também detém uma elegância inegável na sua construção humana, o que nada mais é que uma capacidade de revirar algumas emoções reais em meio ao absurdo. É uma dinâmica que permite o riso completo, a gargalhada, e também o prazer de simplesmente notar a sagacidade, a referência.

No entanto, assim como as trajetórias de Young e Machado têm esses características persecutórias, a de Werneck também busca o equilíbrio entre seus trunfos e seus desafios. Por isso, a trama de Shippados busca no desajuste social a sua base para contar a história de Rita (Tatá) e Enzo (Eduardo Sterblitch), dois jovens que estão completamente afetados pela dificuldade de comunicação típica da contemporaneidade. Ela fala com o público que assiste seus vídeos. Ele nem isso. Quando a ansiedade para o romance os encontra, eles são obrigados a se jogar no mundo, o que os leva a perceber que suas habilidades sociais são praticamente nulas. Eles caem, então, num ciclo amargo de decepções que gera neles mesmo – e na audiência – uma sensação de que realmente não há ninguém capaz de amá-los.

#Rizo

A ideia é exatamente essa, delinear a miséria emocional dos protagonistas para que torçamos por eles, para que os “shippemos”. O enredo preparado pelos criadores é muito eficiente nesse sentido, dando a Enzo uma natureza romântica hesitante, uma personalidade peculiar, estranha, que vê na chance de amar uma chance de se sentir aceito. Já Rita é defensiva, por vezes mal humorada, treinada por anos a ser mais dura por conta de uma mãe manipuladora que tem pavor de vê-la ser feliz. Rita foi abandonada pelo pai (que não sabe quem é), pela mãe (que não sabe ser amorosa) e por um monte de caras que nunca compreenderam suas complexidades. Ela e Enzo se encaixam bem, mas há tantos traumas entre eles que seria impossível para o casal funcionar imediatamente, o que é perfeito para que o título da série seja devidamente contextualizado.

Os “shipps” nasceram entre o público de séries de TV, nos tempos da primeira versão de Star Trek. O termo se origina da palavra relationship (relacionamento) e só se tornou popular nos anos 90, quando os fãs da série Arquivo X o ressuscitaram. Por definição, shippar é torcer por um casal da ficção que seja improvável ou que demore muito a acontecer. Em Arquivo X, a discreta relação entre Mulder e Scully gerou uma imensa expectativa pelo enlace, que demorou quase 10 anos para se concretizar. Então, muito sabiamente, Young e Machado não se deixaram seduzir pela presença de comediantes no elenco e estabeleceram uma história que precisa ser contada, uma história sobre dois indivíduos desajustados na sociedade, donos de uma vida cinza, que se apaixonam e precisam vencer todos os imperativos sabotadores que possuem se quiserem ficar juntos. O casal Rizo tem dificuldades para vencer e a série precisa que seja difícil, árduo, para que a torcida se fortaleça e o shipp viralize.

#FriendSHIPP

Apesar de todas essas humanidades profusas, Shippados não deixa de ser uma série de comédia focada em pessoas, que podem ser bastante malucas. São três casais rondando a trama: além de Rita e Enzo, Clarice Falcão e Luis Lobianco passam 80% da temporada pelados. Eles são os colegas de quarto de Enzo e são daqueles casais absurdamente ligados, que praticamente viram o outro. Já o outro casal começa ao mesmo tempo que o casal Rizo: Hélio (Rafael Queiroga) e Suzete (Júlia Rabello) são práticos, diretos, não se deixam levar pela super análise de nada, o que é o completo oposto do que acontece entre Enzo e Rita, que – muito mais por causa dela – vasculham neuroticamente tudo que pode impedir ou fazer funcionar aquela relação. Ela, acostumada a ser abandonada, executa sabotagens inconscientes constantes e ele, apaixonado por ela, só não quer ser deixado novamente.

Em 12 episódios, a temporada tem uma costura simples, se divide entre Enzo e Rita se envolvendo entre si e com os novos amigos (é natural, por exemplo, shippar Rita e Brita por mais que as personagens se choquem); e a busca de Rita pelo pai. Aqui, o papel de Dolores (Yara de Novaes), mãe da protagonista, é essencial. É Dolores que ocupa o posto de “vilã”, sacrificando a sanidade da filha para impedir que ela seja independente. Mas, é interessante ver como as relações entre pais e filhos são observadas unilateralmente, quando um episódio mostra Enzo descrevendo seus pais de maneira horrível, ao passo em que a verdade tem sua própria versão. Esse também é um clássico de Fernanda Young em sua literatura.

O apelo midiático e artístico dos elencos das produções da dupla de autpres é notório. Em Shippados ele também se conecta muito rapidamente. Eduardo Sterblitch tem uma composição muito segura de Enzo, quase como se ele se inspirasse em autistas. Tatá Werneck descobriu a comédia na defensiva de Rita, em seu mau humor. Como sempre acontece (a despeito do que dizem seus detratores) a atriz busca uma identidade para a personagem, que vai desde a agressividade involuntariamente cômica, ao jeito que ela anda puxando as tiras da fivela da mochila. A direção artística de Patrícia Pedrosa é delicada, escolhe bem os pontos dramáticos estratégicos e usa uma trilha sonora típica da juventude universitária carioca. É uma série de Rio de Janeiro mesmo, de Lapa, de centro da cidade, de metrô e Los Hermanos.

Disponível por enquanto apenas na Globoplay, Shippados é um belo retorno de Fernanda Young e Alexandre Machado ao que os consagrou: a delícia e a dor de um relacionamento. Os dois passaram algum tempo investindo em ideias fantásticas e mal sucedidas como O Dentista Mascarado e Vade Retro, que mesmo tendo um ou outro bom elemento, careciam da crônica urbana que eles sabem fazer tão bem. É bom perceber – quando a temporada termina – que seu propósito de nos fazer torcer pelos personagens foi alcançado e que mesmo com uma história simples, a vontade de saber para onde ela vai é genuína. E não só pelo casal, mas por todos os outros ships que nos cercam naquele universo. A série é sobre aceitar diferenças, sobre ver o amor pelas óticas mais peculiares, sobre como a internet nos tornou rígidos e por consequência tornou todo o resto do mundo descartável. E andamos precisando de algumas lições sobre isso, algumas poucas lições sobre não desistir. Shippados Em andamento (2019- ) Criado por: Fernanda Young, Alexandre Machado Duração: 1 temporada

Disney+ | Séries e filmes originais do serviço de streaming

Plataforma já está disponível nos EUA

Foto de Thor: Ragnarok

Disney +, o serviço de streaming da Disney, já está disponível nos Estados Unidos, Canadá e Países Baixos. Já no primeiro ano, estarão disponíveis mais de 7.500 episódios e 500 filmes, que incluem produções originais como The Mandalorian, de Star Wars; a série de High School Musical, as produções do Marvel Studios e muito mais.

O lançamento do Disney+ na América Latina é previsto para o segundo semestre de 2020, sem uma data específica. O streaming também confirmou que chega na Austrália e Nova Zelândia apenas uma semana depois, em 19 de novembro. Além de um enorme catálogo, o valor é atrativo. Nos EUA será US$ 6,99 por mês; no Canadá será US$ 8,99 e na Nova Zelândia será de US$ 9,99, valor mais alto anunciado até agora.

Sobre a estreia no Brasil, já foi confirmado que o streaming chega na América Latina em 2020, possivelmente no segundo semestre. Os valores ainda não foram anunciados, mas as expectativa é que o preço seja competitivo em comparação com outras plataformas que já existem no país, como Prime Video e Netflix.

Confira abaixo as produções originais já confirmadas no catálogo:

The Mandalorian

Pedro Pascal faz o papel principal e a trama se passa entre O Retorno de Jedi e O Despertar da Força“acompanhando os percalços de um pistoleiro solitário nos confins da Galáxia, longe da autoridade da Nova República”.

Completam o elenco principal Nick NolteWerner HerzogGina Carano eGiancarlo EspositoJon Favreau produz e escreve o projeto, que é a primeira série de TV live-action da franquia Star Wars. O primeiro episódio já está disponível na plataforma, que lançará capítulos semanalmente.

High School Musical: The Musical: The Series

O seriado baseado em High School Musicalé ambientado em um universo onde os filmes existem e mostrará os alunos de uma escola montando uma peça inspirada na franquia.

O programa será conduzido como um falso-documentário, mostrando os bastidores e intrigas da montagem da peça – com números músicais que recriam os do filme, além de canções inéditas. Joshua Bassett (Lethal Weapon) viverá o protagonista Ricky, um garoto que decide se juntar a peça como forma de reconquistar sua antiga namorada. A série já está disponível no Disney+.

Loki

Logo de Loki/Disney/Divulgação

Loki tem previsão de estreia para 2021 e mostrará uma versão diferente do personagem vivido por Tom Hiddlestondesde 2011, quando apareceu pela primeira vez no MCU em Thor. A série deve ter em torno de 6 episódios. 

WandaVision

Marvel/Divulgação

WandaVision chegará ao Disney+ no começo de 2021. Além da Feiticeira Escarlate e o Visão, novamente interpretados por Elizabeth Olsen e Paul Bettany, o programa terá relação com Doctor Strange in the Multiverse of Madness e trará a agora adulta Monica Rambeu, a filha de Maria Rambeu em Capitã Marvel. A personagem será vivida por Teyonah Parris, de Mad Men Se a Rua Beale Falasse.

The Falcon and The Winter Soldier

Marvel/Divulgação

Com seis episódios, Falcão e Soldado Invernal será lançada no Disney+ no final de 2020, sem data definida até agora. Anthony Mackie e Sebastian Stan reprisam seus papéis no MCU, assim como Daniel Brühl retorna como o vilão Barão Zemo – agora usando seu visual clássico das HQs.

Emily VanCamp voltará como a Agente 13 e Wyatt Russell foi anunciado como John Walker, o Agente Americano

What if…?

Marvel/Divulgação

Baseada nos populares quadrinhos homônimos, a produção explorará histórias hipotéticas que poderiam ter mudado completamente o rumo do universo cinematográfico da editora. 

O elenco de voz terá o retorno dos atores do MCU e também Jeffrey Wright (Westworld) como o Vigia. Artes conceituais recentes mostram Peggy Carter como a Capitã Britânia e mais.

GAVIÃO ARQUEIRO

Marvel/Divulgação

A trama narrará Clint Barton – novamente interpretado por Jeremy Renner – ensinando a novata Kate Bishop a ser uma heroína sem superpoderes, assim como ele. Ainda não há atriz definida para interpretar Bishop, que é conhecida nas HQs como a Gaviã Arqueira.

Gavião Arqueiro será a terceira série da Marvel no Disney+, com lançamento previsto para o fim de 2021 

The World According to Jeff Goldblum

A série é produzida pelo National Geographic, que também faz parte da Disney após a aquisição da Fox. 

A produção mostrará Goldblum revelando um mundo com conexões surpreendentes, ciência fascinante e várias grandes ideias.  The World According to Jeff Goldblum foi lançado junto ao serviço de streaming da Disney em 12 de novembro.

A Dama e o Vagabundo

A nova versão de A Dama e o Vagabundo foi lançada junto com a plataforma. A animação original estreou em 1955 e é considerada um dos maiores clássicos do estúdio ao contar a história de uma cachorra rica que foge de casa e conhece um vira-lata que lhe mostra a cidade em que mora, começando uma história de amor.

Noelle

Noelle mostrará a filha do Papai Noel (Anna Kendrick) tendo que assumir os negócios da família após a inesperada aposentadoria do pai e a recusa do irmão em entregar os presentes na véspera de Natal. O filme também conta com Bill Hader(Saturday Night Live), Billy Eichner (Parks and Recreation) eShirley MacLaine (Downton Abbey).

Lizzie McGuire

Disney/Reprodução

Lizzie McGuire vai ganhar uma nova versão no Disney+ com Hilary Duff reprisando o papel que viveu entre 2001 e 2004 no Disney Channel. 

Ela tem mais dinheiro para sapatos e está vivendo a vida dos sonhos, com o namorado e o emprego que sempre quis“, contou Duff durante o painel da D23. 

Ms. Marvel

A Marvel está desenvolvendo uma série live-action sobre Kamala Khan, a Ms. Marvel. Segundo o Hollywood Reporter, Bisha K. Ali (Sex Education) vai escrever e será o showrunner.  O anúncio foi confirmado na D23. A heroína será apresentada na série do Disney+ e depois seguirá para os cinemas. 

Obi-Wan

A aguardada série de Obi-Wan com Ewan McGregor foi confirmada no Disney+ durante a D23. O ator subiu ao palco e confirmou que vai reprisar o papel dos prequels de Star Wars. Todos os roteiros da série estão prontos e as gravações estão previstas para 2020.

She-Hulk

A Marvel confirmou que o Disney+ terá uma série live-action sobre a She-Hulk. Ainda não há detalhes sobre o elenco ou data de estreia. 

Cavaleiro da Lua

Cavaleiro da Lua também terá uma série no Disney+. Ainda não há data de estreia nem elenco confirmados.

Muppets Now

Disney/Divulgação

Os Muppets terá uma nova série no Disney+ chamada Muppets Now e deve contar com a participação de diversas celebridades. 

Prelúdio de Rogue One

Rogue One/Lucasfilms/Divulgação

O Disney+ também será a casa da segunda série live-action de Star Wars, dessa vez ambientada antes dos acontecimentos de Rogue One – Uma História Star Wars. O projeto será protagonizado por Cassian Andor, o espião interpretado por Diego Luna no longa – que retornará para o papel no seriado.

A trama acompanhará os anos de formação de Andor na Aliança Rebelde, explorando “contos cheios de espionagem e missões ousadas para restaurar a esperança de uma galáxia nas garras do impiedoso Império“, segundo a descrição oficial.

O projeto é escrito por Jared Bush (MoanaZootopia), com Stephen Schifff (The Americans) como showrunnerAlan Tudyk reprisa o papel de K-2S0 e a previsão de lançamento é para 2021.

Encore

Phineas & Ferb: Candance Against the Universe

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Na nova animação, os irmãos irão viajar pela galáxia para resgatar sua irmã, Candance, que foi abduzida por aliens e encontrou a paz em um mundo utópico, isolado e sem irmãos.

Phineas & Ferb: The Movie – Candance Against the Universe chegará à Disney+ em 2020.

Secret Society of Second Born Royals

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O filme mostrará o treinamento dos membros de uma sociedade secreta formada pelos segundos filhos da realeza. Peyton Elizabeth Lee é o protagonista e o elenco também conta com Skylar Astin. O longa deve chegar à plataforma em 2020. 

Star Wars: The Clone Wars

A plataforma também terá o lançamento de uma nova temporada de Clone Wars, com 12 episódios. Ainda não há previsão de lançamento. Além disso serão disponibilizados os episódios mais antigos do seriado.

Com Amor, Simon

Com Amor, Simon, filme adolescente de 2018, ganhará uma série de TV no Disney+. Ainda não há detalhes sobre como será a trama da série de TV ou se o elenco retornará, mas a Variety afirma que o diretorGreg Berlanti não está envolvido no projeto – mesmo tendo vasta experiência no meio, com todo o Arrowverse e também O Mundo Sombrio de Sabrina. Espera-se que Isaac Aptaker e Elizabeth Berger, dupla de showrunners de This is Us, comandem o seriado.

Garfinho e Betty

Toy Story terá presença garantida no Disney+, o serviço de streaming da Disney. O estúdio anunciou que Garfinho (Forky, em inglês) e Betty protagonizarão curtas exclusivos da plataforma. Na série de curtas Forky Asks A Question, o talher que ganhou vida como brinquedo responderá diferentes perguntas, desde “o que é o amor?” até “o que é queijo?”. A estreia está marcada para 12 de novembro.

 Lamp Life explicará o paradeiro de Betty no período que ela ficou longe de Andy, Bonnie e os outros brinquedos. A data de estreia ainda não foi anunciada. 

Diary of a Female President

Disney+ encomendou uma temporada de 10 episódios de Diary of a Female President, série criada por Ilana Peña e produzida porGina Rodriguez. Episódios terão meia hora e serão narrados de um diário. A série acompanhará uma garota cubana-americana de 12 anos e seus altos e baixos na escola, em sua jornada para se tornar a futura presidente dos Estados Unidos. 

SparkShorts

O streaming também terá o lançamento de vários curtas dentro do projeto SparkShorts. A ideia é ter um espaço para que criadores possam descobrir novas técnicas e narrativas. O material já está disponível na plataforma.

Monsters at Work

Monstros S.A. é outra propriedade que ganhará uma série original. O programa, que será exibido no Disney+ e se chamará Monsters at Work, se passará seis meses após o longa original e mostrará a usina elétrica usando a risada de crianças como combustível de Monstrópolis. A série focará em Tylor Tuskmon (Ben Feldman), um talentoso mecânico da Monstros S.A. que sonha em trabalhar no andar da risada ao lado de Mike e Sulley. O lançamento está previsto para 2020.