Dupla Explosiva | Crítica

Filme de ação cômico com Ryan Reynolds e Samuel L. Jackson joga tudo na dinâmica de tipos contrastantes

Um dos bons reflexos da crise de financiamento em Hollywood, que atingiu a faixa do médio orçamento e basicamente dividiu a produção entre blockbusters inchados e comédias e terrores de custo baixo, é a aposta em cinema de ação executado com modéstia. Thrillers que têm pouco a perder, feitos por nomes pouco conhecidos que antes ficariam relegados à indústria do home video, e que precisam de criatividade para compensar os poucos recursos, hoje oxigenam o cinema de gênero americano, de Adrenalina a John Wick.

Apesar dos nomes famosos no cartaz, Dupla Explosiva (The Hitman’s Bodyguard, 2017) se enquadra nesse perfil, e há alguns anos seria impensável que um longa estrelado por Ryan ReynoldsSamuel L. JacksonSalma Hayek e Gary Oldman custasse apenas US$ 30 milhões. Fiel a esse espírito, a trama beira a fuleiragem (um assassino que precisa de guarda-costas?) e coloca Reynolds no papel de um agente de segurança em descrédito que tem o azar de proteger e escoltar até o tribunal de Haia um assassino de aluguel (Jackson) que testemunhou crimes de guerra de um ditador carniceiro da Bielorrússia (Oldman).

Como seus personagens, o diretor Patrick Hughes é o executor de aluguel que deve fazer seu trabalho com discrição. Depois de sair da Austrália, onde fez o típico filme de DVD Busca Sangrenta (um dos muitos longas desta geração que resgatam diálogos com o faroeste), Hughes dirigiu Os Mercenários 3 sob encomenda, e aqui faz o que pode para reproduzir em Dupla Explosiva as colisões de carro, os tiroteios e as perseguições, cenas coladas à base do carisma de seus astros. Longe de ser um thriller barato escorado na violência, como Invasão a LondresDupla Explosiva encara a ação como escapismo e tudo no filme funciona sob a lógica do humor.

Por princípio, as ambições de Dupla Explosiva não são as mais arrojadas, e ainda assim Hughes queima seu gás sem pensar muito. Os set pieces oferecem o básico do gênero – a perseguição nos canais de Amsterdã chega felizmente numa hora em que o filme não parecia conseguir dar mais nenhuma variedade à sua ação – e a dinâmica dos protagonistas é toda construída em cima de variações de uma mesma situação: Sam Jackson ri de tudo (aproveitando a censura R nos EUA para soltar seus palavrões como se fossem bordões de um esquete humorístico) e Reynolds sempre reage com charme passivo-agressivo (quantas vezes é possível virar o olho pra dentro sem provocar um aneurisma cerebral?). É a velha parceria dos buddy cop movies reenlatada, o bronco no contraste com o galhofeiro.

No geral, Dupla Explosiva joga demais com a familiaridade, seja nas escolhas de ação, seja nas soluções de humor. Obviamente, a familiaridade é um elemento central nessa produção mais barata – afinal Hollywood sempre pensa primeiro em investir no que é seguro e conhecido – mas falta o lampejo de invenção. Hughes não mostra ter arsenal de linguagem ou de discurso para injetar no seu filme alguma voz, e – independente do orçamento – fica difícil defender um filme, qualquer filme, que não saiba encontrar para si qualquer tipo de especificidade.

Dupla Explosiva (2017)

(The Hitman’s Bodyguard)
  • País: EUA
  • Classificação: 14 anos
  • Estreia: 31 de Agosto de 2017
  • Duração: 90 min.

Nota do crítico:2abacaxis(REGULAR)

Legends of Tomorrow | Viajantes limpam as linhas temporais em teaser da 3ª temporada

Estreia acontece em setembro

A terceira temporada de Legends of Tomorrow ganhou um novo vídeo promocional que mostra a tripulação da Waverider tendo que limpar a bagunça em várias linhas temporais – veja abaixo:

A terceira temporada de Legends of Tomorrow será exibida a partir do dia 10 de outubro nos EUA. No Brasil, o programa estreia no dia 25 de outubro no canal pago Warner Channel.

Jovem de 13 anos lança seu primeiro mangá no Japão

Shion Sakamaki teve seu trabalho publicado pela revista Cheese!

A jovem Shion Sakamaki, de apenas 13 anos, teve seu primeiro mangá publicado pela revista Cheese! no Japão. A mangaká (autores de HQs japonesas) escreveu e desenhou Amaku Nigaku Mitashite (Complete-me de uma maneira doce & amarga, em tradução livre). Confira o trabalho (ViaAnime News Network):

A história foca em uma estudante de 17 anos chamada Shiori. Ela sofre com seu primeiro amor e, por conta disso, decide dormir com um rapaz apenas uma vez para esquecê-lo. Contudo, ela se encanta com o jovem e eles podem virar amigos com benefícios.

A autora é a mais jovem da história da Cheese! a ter seu trabalho publicado. Com isso, Sakamaki junta-se a um grupo seleto de estrelas como Ran Tokiwa, que com 14 anos venceu o Shogakukan Newcomer Comic Grand Prize de 2015.

Will & Grace | Mais política que nunca, série traz nostalgia do passado em roupagem atualizada

Quarteto mantém química e se mostra extremamente atual em críticas a Donald Trump

Algumas portas na produção de humor nos Estados Unidos foram abertas quando a audiência de Saturday Night Live começou a subir proporcionalmente ao tempo dedicado a fazer piadas com Donald Trump – portas que não serão fechadas após os nove Emmys abocanhados pelo humorístico. Will & Grace retornou 11 anos após seu fim – que, para a alegria e alívio dos fãs, não foi o fim de fato – na esteira do sucesso de comédias cada vez mais politizadas. Confirmando as previsões, a série criada por David Kohan e Max Mutchnick  estreou atingindo a marca de 10 milhões de espectadores, colocando o revival entre as mais expressivas produções da semana de estreias dos EUA.

Mas não basta aproveitar a onda: é preciso fazer direito. Will & Grace poderia colocar oito anos de um clássico em risco, mas fez melhor: voltou com a mesma essência de antes, mas fez o favor de apagar do cânone um encerramento que não condiz com a qualidade apresentada nos 192 episódios anteriores. É claro que o final exibido em maio de 2006 não ia ser simplesmente ignorado: nos primeiros minutos do episódio de estreia da nona temporada o quarteto formado por Will Truman (Eric McCormack), Grace Adler (Debra Messing), Jack McFarland (Sean Hayes) e Karen Walker (Megan Mullally) faz piada da passagem de tempo que aconteceu, ou, no caso, não aconteceu, uma década antes.

Aliás, Will & Grace ganha logo nos primeiros segundos. Aparentemente, o episódio de estreia tem a missão de resolver todas as potenciais dúvidas sobre a capacidade de uma série que fez sucesso em outra década se manter atual. Piadas sobre tirar Caitlyn Jenner no jogo de adivinhação Head’s Up são seguidas por comentários sobre a dificuldade de achar um parceiro no Grindr, aplicativo de pegação voltado para gays e há muito mais: Ryan GoslingShonda RhymesMichelle Obamae a lista segue por aí. Ou seja, quem achou que Will & Grace era uma série datada mordeu seriamente a língua.

Sobre ser contemporânea, voltamos ao ponto do começo do texto: Trump. Os atores já haviam se manifestado contra o presidente norte-americano diversas vezes antes do programa estrear – Messing, ao receber um prêmio do GLAAD Media Awards, usou seu discurso para pedir publicamente que Ivanka Trump parasse de “defender cegamente o pai” e que, ao invés disso, fizesse “algo importante para a vida de milhares de pessoas que estão sofrendo”. Todo o primeiro episódio gira em torno de piadas políticas, indo desde Roosevelt a Newt Gingrich – isso pode fazer que algumas risadas sejam perdidas por aqui. Trump estar na presidência é, contudo, o pano de fundo do episódio inteiro.

Levando em conta que a ideia de que há imparcialidade no humor é absurda, Will & Grace usa a narrativa para marcar posição contrária ao presidente norte-americano de forma mais clara impossível. Ainda que a comédia leve de outrora seja extremamente efetiva, há uma forte carga política e isso não é menos do que seria esperado de uma série que foi tão importante para a comunidade LGBT no passado e que pretende continuar sendo. Ainda assim, a trama do primeiro episódio que – SPOILERS! – se passa quase toda no Salão Oval da Casa Branca, é uma piada sobre enxergar o comportamento humano sobre óticas maniqueístas.

O resultado desse primeiro episódio de Will & Grace é muito paradoxal: ao mesmo tempo que a série é absolutamente atual, é como se o os 11 anos entre o fim da oitava temporada e o retorno na nona não tivesse passado. A série mantém a qualidade que fez com que ela se tornasse um sucesso absoluto e, com a bandeira em defesa da diversidade levantada mais alto que nunca, tem potencial de se tornar ainda mais interessante. A estreia mostrou que a série consegue balancear o lado leve e o lado político com maestria e ver a química de McCormack, Messing, Hayes e Mullally em cena é um prazer para ser humano – menos, é claro, para Donald Trump.

O Exorcista | John Cho diz que foi atraído pela série para quebrar estereótipos

Ator fala sobre o ano dois da série de TV inspirada no clássico do cinema

A segunda temporada de O Exorcista (The Exorcist) estreia na Fox nesta sexta, com retransmissão simultânea no Brasil pelo FX, adotando um formato mais próximo das antologias: embora o elenco principal permaneça o mesmo e a trama seja uma continuação do ano um, a ambientação toda mudou, e a série troca a família de Chicago por um orfanato escondido às margens das florestas de Seattle.

Nesse novo cenário, um dos protagonistas agora é Andrew Kim, um ex-psicólogo que trata de crianças e administra o orfanato. O personagem é vivido por John Cho, que diz que os primeiros episódios servem para estabelecer um palco de terror – gênero que ele evitava como espectador quando era mais novo. “Cresci evitando esses filmes, daí apareceu esse trabalho e eu decide ver o que iria rolar. Estou aprendendo mais sobre o terror, não é só colocar uma trilha ou efeitos, tem uma preocupação em aumentar a tensão, e estou muito feliz de estar fazendo isso, além do personagem ser bem rico. Estamos trabalhando com cuidado para tornar a família dele bem real, mostrar que eles amam uns aos outros, assim o público pode se preocupar quando eles são colocados em perigo”, diz.

Sobre a ambientação, Cho diz que a nova atmosfera é um ponto forte. “As florestas são misteriosas, são lindas quando bem iluminadas e então a ausência de luz se torna perigosa para mim. Você não consegue saber o que espreita ali, e isso meio que ilustra uma divindade das coisas, a ira de Deus e a benevolência de Deus, a beleza da natureza e também os perigos”, teoriza. “Estou confrontando os tabus da minha juventude numa mesma série, porque cresci numa família protestante e o catolicismo para mim era uma forma de tabu.”

Habituado a trabalhar em elencos etnicamente diversos, John Cho diz que O Exorcista será uma boa oportunidade de desafiar o clichê que envolve personagens asiáticos em terrores americanos. “Isso certamente foi um dos motivos que me levaram a esse projeto, o fato de já ser um elenco diverso, e eu nunca tinha visto um adulto asiático num filme americano de terror que não fosse frequentemente o cara que chega de viagem do Japão. Nós nos habituamos a ver nessas histórias de cidades pequenas e benévolas famílias caucasianas, e eu me atrai pela noção de que esse nosso elenco vai contra esse paradigma, do que entendemos como um americano é de verdade.”

Alfonso Herrera (Padre Tomás), Ben Daniels (Padre Marcus) e Kurt Egyiawan (Bennett) retornam como regulares, enquanto John Cho (Star Trek), Zuleikha Robinson (Lost) e Brianna Hildebrand (Deadpool) reforçam o elenco.

The Big Bang Theory | Sucesso de Amy será problema para relacionamento com Sheldon na 11ª temporada

11ª temporada estreou nesta semana

O produtor executivo Steve Holland afirmou, em entrevista à Entertainment Weekly, que a carreira de Amy vai desestabilizar relação entre entre ela e Sheldon na 11ª temporada de The Big Bang Theory.

“Uma das coisas com as quais lidaremos no arco de Sheldon e Amy é que a carreira dela está realmente indo bem e a dele não está. Esse é um lugar interessante para o Sheldon estar. Não apenas ele acha que é um ótimo cientistas, mas ele acha a física é uma grande ciência. Ele obviamente ama e respeita Amy, então tê-lo lidando com essas emoções será realmente divertido.”

A nova temporada será exibida no Brasil pelo Warner Channel a partir do dia 08 de outubro. Os episódios serão transmitidos às 22h de domingo. Nos Estados Unidos, produção estreou no dia 25 de setembro.

Gabriel e a Montanha | Filme brasileiro premiado no Festival de Cannes ganha trailer

Estreia nos cinemas está marcada para novembro

Gabriel e a Montanha, longa brasileiro que recebeu dois prêmios no Festival de Cannes, ganhou seu primeiro trailer:

Veja também o cartaz:

 

Na trama, antes de entrar para uma Universidade americana de prestígio, Gabriel Buchmann decide viajar o mundo por um ano, carregado de sonhos. Depois de dez meses na estrada, ele chega ao Quênia determinado a descobrir o continente africano. Até chegar ao topo do Monte Mulanje, seu último destino.

A estreia nos cinemas está marcada para 2 de novembro.

O Exorcista | Corrupção no Vaticano será abordada na nova temporada, diz Ben Daniels

Ator fala ao site Omelete sobre o ano dois da série de TV inspirada no clássico do cinema

A segunda temporada de O Exorcista (The Exorcist) estreia na Fox nesta sexta, com retransmissão simultânea no Brasil pelo FX, adotando um formato mais próximo das antologias: embora o elenco principal permaneça o mesmo e a trama seja uma continuação do ano um, a ambientação toda mudou, e a série troca a família de Chicago por um orfanato escondido às margens das florestas de Seattle.

Em entrevista ao Omelete em Vancouver, onde a série é gravada, o ator Ben Daniels, que vive o padreMarcus Keane, comentou a mudança. No dia da entrevista, o elenco gravava o fim do terceiro episódio. “Eu não posso dar muitos detalhes, mas ele [Marcus] no momento trabalha muito de perto de uma criança e tem grande afinidade com ela, por causa do próprio passado, e sabe exatamente do que essa criança precisa. [A mudança de cenário] é uma novidade que deixa tudo mais vivo, e Marcus está bem diferente do que vimos na primeira temporada. Ele deixou de ouvir e sentir Deus pela primeira vez na vida, vem de um lugar bem diferente e incerto, enquanto Tomás se abriu para sua própria humanidade. Ainda é o mesmo Marcus, com uma visão de mundo estranha, mas é todo um território novo para ele”, diz.

A transição para uma área rural oferece novas oportunidades de terror. “Esperamos que seja mais aterrorizador, o visual e o tom da série são bem distintos, era bem urbano mas agora parece que ampliamos o horizonte no campo, então tuda fica mais diferente. Agora referenciamos muita coisa de terror japonês e coisas assim, com as crianças assustadoras na floresta”, diz. Para Daniels, o formato mais próximo das séries de antologia pode afetar tramas já em desenvolvimento: “Esperamos que esses personagens que estão experimentando coisas novas possam impactar os nossos personagens de formas novas também. No caso de Marcus, ele passa por coisas que nunca viveu antes”.

Ao mesmo tempo em que a trama muda para os arredores de Seattle, veremos cenas no Vaticano com um núcleo mais voltado para a instituição da Igreja, e os perigos de corrupção que envolvem o poder. “Assim como em qualquer grande organização, seja o Vaticano ou um parlamento, há uma quantidade de corrupção. Obviamente na vida real nós lemos sobre isso e ouvimos sobre isso, e [na série] os produtores pegaram essa noção da corrupção e transformaram numa coisa de gênero, então é menos sobre o crime de corrupção real e mais sobre um elemento de personagens que se corrompem. É legal ver isso acrescentado na série para construir uma mitologia e insinuar que algo acontece no Vaticano, que não é necessariamente saudável, e os padres precisam lutar contra isso.”

Daniels conta que teve bastante liberdade, já no início da série, para construir Marcus à sua maneira. “Eu me sinto muito próximo dele. Deixaram eu inventar muita coisa do passado dele, então eu amo interpretá-lo e me identifico com ele. Originalmente ele foi escrito para um americano de 30 anos [o britânico Daniels tem 53] e não era ainda o Marcus que você vê, e cada vez mais nos aprofundamos nele. A liberdade que eu e Alfonso recebemos para compor essas histórias é uma coisa sem precedentes, mesmo num série de TV a cabo”, completa.

Alfonso Herrera (Padre Tomás) e Kurt Egyiawan (Bennett) retornam como regulares, enquanto John Cho (Star Trek), Zuleikha Robinson (Lost) e Brianna Hildebrand (Deadpool) reforçam o elenco.

Liga da Justiça | Superman pode mudar de lado no filme, indica compositor

Danny Elfman revelou que usará tema clássico do herói em momento sombrio

Em entrevista para a BillboardDanny Elfman pode ter revelado um momento importante de Liga da Justiça. O compositor indicou que o Superman (Henry Cavill) pode mudar de lado durante a trama:

“A trilha tem alguns momentos para os fãs. Eu reutilizei a trilha da Mulher-Maravilha que Hans Zimmer fez para o Batman vs. Superman, mas também tive o prazer de dizer ‘vamos com a trilha de John Williams do Superman’. Isto para mim foi incrível, porque agora eu tinha uma melodia para trabalhar em cima, e estou usando isso de uma forma bem obscura, em um momento obscuro. É o tipo de coisa que só alguns fãs vão perceber. Alguns não vão. É um momento em que você não sabe exatamente de que lado ele está”.

Liga da Justiça tem no elenco Ben Affleck (Batman), Gal Gadot (Mulher-Maravilha), Henry Cavill (Superman), Jason Momoa (Aquaman), Ray Fisher (Ciborgue), Ezra Miller (Flash), Amber Heard (Mera), Willem Dafoe (Vulko), J.K. Simmons (Comissário Gordon), Jeremy Irons (Alfred) e Amy Adams (Lois Lane), entre outros, e previsão de estreia para 16 de novembro – confira as datas do calendário da DC no cinema.