Filmes de games que serão lançados em 2019

O polêmico Sonic e o promissor Detetive Pikachu estão a caminho!

Filmes baseados em video games não são nenhuma novidade: com resultados terríveis, como Super Mario Bros. de 1993, e outro de mais sucesso, como as franquias Tomb Raider e Resident Evil, o universo gamer sempre acaba aparecendo nas telonas. Em 2019, não será diferente: Sonic the Hedgehog e Detetive Pikachu estão a caminho; e em um futuro próximo, The Last of Us, Call of Duty e Five Nights at Freddy’s são alguns dos títulos que também terão seus longas-metragens.

Confira cinco filmes de games que sairão em 2019:

Detetive Pikachu

Estreia: 09/05

com seu primeiro trailer lançado, Detetive Pikachu finalmente traz os monstrinhos para uma versão realista. Pikachu e Jigglypuff ganharam aparências peludas, enquanto Greninja ostenta suas brilhantes escamas. Ryan Reynolds, de Deadpool, é o responsável pela dublagem do ratinho elétrico, que parece trazer bastante do tom irônico do personagem da Marvel.

Angry Birds 2

Estreia: 16/08

Animado em 3D, a produção é a sequência do filme lançado em 2016. Com Peter Dinklage, de Game of Thrones, e a rapper Nicki Minaj em seu elenco, Angry Birds 2 ainda não teve seu primeiro trailer e não possui muitos detalhes revelados sobre o enredo.

Sonic the Hedgehog

Estreia: 08/11

O icônico ouriço azul ganhará uma versão realista para as telonas. Após o lançamento de seu primeiro pôster, o filme gerou apreensão de fãs ao redor do mundo, graças ao visual “musculoso” adotado para suas pernas e braços. Entretanto, ainda não vimos qual será a aparência completa de Sonic no filme. Só podemos ter uma ideia de como estará o vilão Robotnik, que é interpretado por Jim Carrey.

Minecraft

O filme de Minecraft estava planejado para o dia 24 de maio de 2019. Entretanto, seu diretor Rob McElhenney deixou o projeto, causando um atraso e a necessidade de um novo script. A nova data de lançamento do filme ainda não foi revelada, resta aguardar para saber se o atraso empurrará a produção para 2020.

Dynasty Warriors

Baseado na clássica franquia, o filme está sendo produzido na China e ainda não possui uma data oficial de lançamento. Entretanto, um teaser confirma que a obra sai em 2019. Clique aqui para assistir (legendado em inglês).

Vídeo mostra como seriam as tecnologias de 2019 na visão da Microsoft

Vídeo promocional redescoberto por usuário do Reddit mostra previsões da companhia feitas há dez anos

 

Prever corretamente como será a evolução de novas tecnologias no futuro é uma tarefa praticamente impossível – prova disso é que nem a Microsoft, uma das maiores empresas da indústria de tecnologia do mundo, parece ser capaz de fazê-lo.

O que indica isso é um vídeo promocional produzido pela Microsoft há dez anos e reencontrado por um usuário do Reddit, que mostra qual era a visão da companhia para a tecnologia no ano de 2019.

Entre os gadgets imaginados pelas companhia que não se tornaram realidade estão “smartphones” com displays translúcidos e ultrafinos, além de um jornal interativos e até uma caneca com informações digitais. Veja acima.

Ainda assim, vale destacar que ao menos alguns acertos a Micrososft teve, incluindo gadgets de realidade aumentada e controles por gestos.

Ilha de Ferro – 1ª Temporada | Crítica

Nova série do Globoplay traz impressionante valor de produção e muito drama

As últimas produções globais, incluindo séries como Carcereiros e Assédio e as novelas Dois Irmãos e Amores Roubados, têm vivido uma paixão avassaladora pelo pessimismo. Através de uma estética competente e lúdica, as histórias carregam na exploração da dor, muitas vezes nem dando ao espectador a chance de respirar. É como se uma linha de fabricação estivesse presa na mesma engrenagem e produzisse uma infinidade de obras belíssimas que precisam mostrar como são densas e viscerais a cada quadro, diálogo e curva narrativa.

Ilha De Ferro tem todas as condições para isso. A série foca na rotina de uma plataforma de petróleo, recordista de acidentes de trabalho, em que Dante (Cauã Reymond) trabalha e sonha ser o diretor. Quando está quase alcançando esse objetivo, descobre que o cargo na verdade será de Júlia (Maria Casadevall) e imediatamente começa uma rivalidade com ela. Em terra, ele lida com uma esposa viciada (Sophie Charlotte) e um irmão bandido (Klebber Toledo) que é apaixonado por sua mulher. Em torno disso estão os dramas dos outros empregados da plataforma e absolutamente todos são limítrofes. Uma olhada atenta ao grupo de personagens que compõem a série vai revelar a maior verdade sobre ela: essa é uma história sobre gente extremamente infeliz.

Escrita por Max Mallmann (que faleceu durante as filmagens) e Adriana Lunardi, a produção foi apresentada como um produto com duas novas temporadas garantidas. Aqui, então, esbarramos em outro problema das investidas globais. Assim como Supermax, último grande investimento dramatúrgico da emissora, Ilha de Ferro sofre da mesma ansiedade criativa, abraçando ação, terror, romance, suspense e até mesmo o folhetim novelesco. Isso pode fazer parecer que estamos diante de uma obra completa, quando na verdade o resultado soa superficial. Os roteiros querem tanto provocar catarse pelo drama que acabam se esquecendo de preparar o terreno para tanto.

O episódio piloto reúne uma coleção de misérias humanas que impressiona. Dante descobre a traição do irmão, provoca um acidente que o deixa em coma e lida com uma esposa que não tem uma cena sequer sem que esteja chorando, suando, reclamando ou chapando. Júlia, a nova diretora da plataforma, tem um trauma que a transformou numa pessoa dura e fria. Entre os empregados da plataforma, temos mais viciados, adúlteros e até um assassino. E não pense que os episódios te darão tempo para um alívio cômico… Todos esses traços dramáticos são sublinhados ao extremo e qualquer oportunidade para frisar o drama é aproveitada com afinco. Não demora para que a densidade seja desmascarada não como uma consequência da ação, mas como uma exigência criativa. Inevitavelmente, se importar com os personagens passa a ser uma tarefa bem difícil.

Contudo, é inegável mais uma vez, que a produção mantém um absoluto nível de excelência. E não é só uma questão de efeitos especiais (que são realmente incríveis). A direção artística de Afonso Poyart é cristalina, mesmo em meio a tanta valorização do que existe de pior nas pessoas. Ele, de fato, potencializa esse dramalhão ao utilizar recursos de edição muito semelhantes aos de Requiem Para um Sonho, reforçando o horror existencial dos personagens com recursos visuais caóticos, vertiginosos, que buscam metaforizar os acontecimentos através de sonhos e projeções. É um trabalho realmente admirável, coerente com a proposta, mas que reitera o imenso pessimismo que exala do resultado final.

Iron Man

Em longos 12 episódios, Ilha de Ferro faz apontamentos políticos importantes e tenta cavucar em meio aos rompantes emocionais algum senso de dever nos personagens. A vida em terra parece horrível para todos eles, mas a vida na plataforma parece tão tenebrosa quanto. As poucas cenas de descanso não são suficientes para suavizar o quadro e logo começamos a pensar se o roteiro foi eficiente na tentativa de mostrar os personagens voando para a plataforma como se voassem para uma fuga de tudo que há de ruim no continente. As vidas são horríveis, o trabalho é horrível, tudo dá errado o tempo todo e até quando surge o romance é de uma forma bruta, violenta e insensível.

Todas as atuações já começam gritando, o que é até condizente com a exigência dramatúrgica. Porém, se uma performance começa tão lá em cima, não há mais para onde crescer. Não ajuda ver Reymond novamente vivendo um “sabe-tudo/pego todas”. Casadevall se masculiniza para se impor perante os homens e Charlotte lembra Hipodermic Sally de American Horror Story. Está sempre drogada, sempre chorando, sempre suando, sempre descabelada, sempre trôpega… é exaustivo. Jonathan Azevedo e Taumaturgo Ferreira têm bons personagens e equilibram as performances. Infelizmente, Moacyr Franco e Osmar Prado são subaproveitados neste enredo, que também tenta “abraçar o mundo”.

Como em todo folhetim novelesco, já sabemos que a rivalidade entre Dante e Júlia vai virar romance. A temporada acessa os itens clássicos previstos: uma trama de isolamento, uma trama de traições extra-conjugais, de dependência química, de sequestro… e termina o ano com um clímax que poderia facilmente ser o novo longa de Dwayne Johnson nos cinemas. Com tanto pessimismo, poderia se esperar que torcêssemos por personagens que sofrem tanto. O problema é que com tão pouco exercício de diluição dramática as explosões narrativas perdem impacto e pouco importa o que resultará delas. O texto raso (que se autorreferencia a cada vez que alguém usa o termo “Ilha de Ferro” para falar da plataforma) completa o quadro.

Ainda que cheia de problemas, Ilha de Ferro deve agradar o espectador que quer ver ação, egocentrismo masculino e algumas cenas de nu. De quebra, a ótima conceitualização visual da série vai ser um grande argumento quando defendida por seus admiradores. A iniciativa é valiosa e importante, resta apenas esperar que as próximas temporadas reajustem a sintonia. Um pouco menos de pretensão dramática, entretanto, viria a calhar.

Nota do Crítico:threehandsBom

2019: o ano do smartphone dobrável

Novos modelos com display flexível podem redefinir como usamos nossos smartphones

Por Rafael Romer30.12.2018

Desde que começaram a chegar ao mercado, principalmente após o lançamento do primeiro iPhone, em 2007, os smartphones não sofreram grandes mudanças de design. É claro, a cada geração de novos produtos, pequenos ajustes são feitos por fabricantes e um ou outro recurso é implementado e muda o visual dos dispositivos – seja o tamanho da tela, acabamento em vidro ou metal, ou detalhes como as laterais curvadas de um Galaxy S9 ou o “notch” inventado pela Apple no iPhone X.

Ainda assim, não importa se você está com um smartphone Android ou iOS em mãos, o design é fundamentalmente o mesmo: um retângulo. Este ano, no entanto, deu os primeiros sinais de que esses dispositivos podem, em breve, passar por uma mudança considerável em seu formato – e 2019 será o ano em que esses modelos começarão a chegar ao mercado.

Smartphones com telas dobráveis são um tema que circulou durante anos ao redor da indústria da tecnologia no campo dos rumores, mas que virou realidade em novembro deste, após a confirmação de um modelo pela Samsung. E justamente por ser a maior fabricante de smartphones do mundo atualmente, essa promete ser uma das grandes tendências de smartphones para o ano que vem – com o potencial de mudar a forma como usamos esses dispositivos.

Rumores de que a fabricante sul-coreana lançaria algum modelo com display dobrável começaram lá em 2017, quando a empresa registrou uma patente mostrando o design. Nas imagens reveladas, o dispositivo parecia uma espécie de carteira, dobrando para dentro, deixando a tela escondida e a traseira do smartphone exposta. Na época, falava-se que o dispositivo seria apelidado de Galaxy X.

Durante a CES 2018 a empresa já estava discutindo abertamente o tema e o próprio presidente da Samsung, DJ Koh, confirmou que a empresa tinha planos de lançar o modelo flexível em 2019.

Não muito tempo depois, em março, surgiram alguns rumores de que a Apple também estaria planejando lançar um iPhone dobrável em 2020. Isso foi indicado por analistas do Bank of America Merrill Lynch que conversaram com fornecedores asiáticos da Apple. Outro rumor sobre a Apple, aliás, indica que a empresa já teria conversado com a LG para a produção de telas OLED flexíveis. O próximo passo veio em novembro, quando Samsung confirmou que revelaria seu smartphone dobrável no dia 07 do mesmo mês.

Curiosamente, no entanto, não foi a sul-coreana que apresentou ao mundo, de fato, o primeiro smartphone com display dobrável.

Esse feito ficou na conta da pouco conhecida Royole, uma fabricante chinesa que fez um evento no dia 05 de novembro e mostrou o FlexPai para um grupo pequeno de jornalistas em São Francisco. O dispositivo é um híbrido entre smartphone e tablet, com um display de 7,8 polegadas que pode ser girada em 180 graus.

Entre os veículos de testaram o protótipo, o The Verge  classificou o dispositivo como “desajeitado” na prática, com um barulho estranho na hora de dobrar. A publicação também apontou alguns problemas de software, inclusive apps que abriram sozinhos quando o smartphone era dobrado.

Dois dias depois, no entanto, foi a vez da Samsung apresentar oficialmente seu smartphone. Ele não tem nome oficial, mas conta com um display de 7,2 polegadas e pode ser dobrado ao meio para caber no bolso do usuário. Um segundo display, de 4,5 polegadas fica exposto na “capa” do smartphone quando ele está dobrado.

Rumores indicam que o modelo poderá ser chamado de Galaxy X, Galaxy F ou até Galaxy Flex, mas o fato é que ele será anunciado oficialmente e terá todos seus detalhes divulgados durante o Mobile World Congress, em fevereiro. Em março, ele será lançado na Coreia do Sul.

Segundo uma reportagem do Gizmodo do Reino Unido, o dispositivo também poderá ser vendido por incríveis US$ 2,5 mil — que é praticamente o dobro do Galaxy Note 9 de 512 GB de armazenamento, que é o smartphone mais caro já lançado pela Samsung.

Segundo a publicação, a fonte para a informação é um funcionário da própria Samsung. Além do preço altíssimo, o dispositivo também seria oferecido em uma quantidade limitada de unidades, em versões desbloqueadas nas lojas da própria Samsung ou através de operadoras.

Mas a Samsung não deverá ter toda a atenção no setor durante o ano. Conhecido por seus vazamentos acertados, Evan Blass revelou em outubro deste ano que a rival LG também deverá mostrar seu próprio gadget com display flexível ainda durante a CES 2019. Detalhes sobre o lançamento da empresa ainda não foram revelados, mas é sabido que a companhia já registrou sua própria patente de display flexível e deverá nomear o dispositivo de LG Flex.

Além da LG, ao menos duas outras fabricantes também deverão mergulhar nos modelos dobráveis: a Motorola, que pode reviver a marca Motorola Razr com um smartphones do tipo; e a Huawei, que já prometeu um lançamento para 2019 de smartphone dobrável.

Por fim, vale citar ainda o fato de que o próprio Google já está se preparando para a nova onda de dispositivos, e anunciou, em novembro, durante a Android Developer Summit, que o sistema operacional Android terá suporte nativo a displays dobráveis – o que permitirá que desenvolvedores usem funções já existentes no Android adaptadas para o novo formato.

A pergunta que fica é como os modelos serão recebidos pelo público. Como toda nova tecnologia, é natural esperar um estranhamento por parte dos consumidores, principalmente por conta do preço elevado que os primeiros modelos dobráveis deverão chegar ao mercado. Mas a indústria parece alinhada na aposta pelo novo formato, mas precisará ajustá-lo conforme os primeiros modelos chegem ao mercado e usuários coloquem a usabilidade à prova.

“O melhor momento da minha vida”, diz Rob Marshall sobre dirigir Dick van Dyke

O Retorno de Mary Poppins continua em cartaz

Mariana Canhisares/omelete/30.12.2018

O diretor Rob Marshall definiu como foi dirigir Dick van Dyke em O Retorno de Mary Poppins, agora com o ator interpretando o Sr. Dawes Jr.: “foi o melhor momento da minha vida”.

“Ele é o meu herói! Ele é o meu herói do primeiro filme, do The Dick van Dyke Show, de Chitty Chitty Bang Bang”, explicou. “Ele é uma força e é tão original. Tudo aquilo de subir na mesa e dançar, ele é inacreditável. Ele tinha 91 anos quando filmamos e ele ensina você como viver. Foi um grande presente para a minha vida”.

Segundo Marshall, Van Dyke também ficou muito feliz de poder voltar para a sequência. “Ele chegou ao set, pegou a minha mão e ele disse: ‘sinto o mesmo espírito aqui que eu senti no primeiro filme’. E isso simplesmente fez a minha vida valer a pena. Poder ouvir isso dele e ele sentir o mesmo espírito, foi realmente o meu objetivo”.

O longa segue em cartaz no cinema.

Jimin, do BTS, lança a faixa solo “Promise” – ouça

Músico surpreendeu os fãs com faixa composta por ele

Camila Sousa/omelete/30.12.2018

Jimin, do BTS, surpreendeu os fãs com o lançamento da faixa solo “Promise”. Ouça abaixo (via Soompi):

A música foi composta por Jimin ao lado de Slow Rabbit e a letra foi feita também por ele em parceria com RM, outro membro do BTS. No Twitter oficial da banda, ele falou com os fãs sobre a experiência:

“Todos estão esperando isso há muito tempo, certo? Eu finalmente estou lançando a faixa composta por mim. É uma música para mim, mas também é uma música para todos vocês. Talvez eu esteja meio carente porque é minha primeira música, mas por favor ouçam. Obrigado a todos os ARMYs que esperaram”.

O Predador | Final alternativo envolvia retorno de Ripley

Informação foi revelada por técnico de efeitos visuais

Julia Sabbaga/omelete/30.12.2018

O Predador de Shane Black, que chegou aos cinemas em setembro, quase trouxe a personagem de Ripley de volta à franquia, de um modo peculiar. De acordo com o técnico de efeitos visuais Yuri Everson, o final alternativo do filme mostrava Ripley usando o capacete do filme. Confira:

“Nós filmamos três finais alternativos de O Predador, todos com variações de um Predador Assassino. Este final não usado seria o predador assassino Ripley com a máscara de respiração que criamos para o filme. Você pode ver o nome da personagem no traje. Breanna Watkins interpretou Ripley por baixo da máscara ao invés de Sigourney Weaver”. 

O diretor é Shane Black (Homem de Ferro 3), que faz uma breve participação como ator no original, e escreveu a primeira versão do roteiro com Fred Dekker (parceiro de Black em Deu a Louca nos Monstros, de 1987). O elenco tem nomes como Boyd HolbrookOlivia MunnEdward James OlmosKeegan-Michael KeyJacob TremblaySterling K. BrownTrevante Rhodes, entre outros. A estreia está marcada para 13 de setembro no Brasil.

American Horror Story: Apocalypse|Crítica

Crossover entre Coven e Murder House produz uma das melhores temporadas da antologia de Ryan Murphy

Cada temporada de American Horror Story tem sua base criativa. Murder House falava de fantasmas, Asylum de psicopatia, Coven falava de bruxas, Freak show de aberrações, Hotel reinterpretava os vampiros, Roanoke falava de tortura e Cult de histeria coletiva. Em cada temporada também víamos assuntos periféricos se distribuírem entre os plots principais. A criação de Ryan Murphy tentou cobrir o máximo possível de tópicos relacionados ao horror, mas ficou sempre faltando aquele que parecia anunciado desde que Constance (Jessica Lange) encontrou o corpo assassinado da babá de seu neto. Os fãs da antologia não poderiam esperar por resposta melhor, já que a esperada trama do anticristo viria acompanhada de um quase utópico crossover entre o primeiro e o terceiro ano.

Quando o ambicioso projeto foi anunciado parecia impossível que Murphy conseguisse trazer de volta todos os elementos das duas temporadas anteriores. Entretanto, absolutamente tudo que era relevante no universo de Coven e Murder House foi revigorado para compor o mundo de Apocalypse. A lista de astros e estrelas que voltariam para reviverem seus personagens era extensa e a expectativa em torno da história mais ainda. Sempre restrita a tramas claustrofóbicas, veríamos pela primeira vez a série acontecer numa escala global.

Seria essa, também, a oportunidade de corrigir ou reiterar aspectos dramatúrgicos das duas temporadas revisitadas. Murder House teve uma trajetória bastante coesa. Porém, Coven aconteceu em meio a muitas controvérsias. A história do clã das bruxas veio depois de Asylum, considerada por muitos a temporada de ouro da série. Enquanto a trama do sanatório era sombria e macabra, Coven era uma explosão de cultura pop, com a necromancia como um recurso que imortalizava os personagens e uma possibilidade de spin-off que começou a ditar o decorrer da narrativa, prejudicando o produto final. Acusada de ser teen demais, inconsistente demais, Coven foi a temporada que finalmente dividiu o público de American Horror Story entre aqueles que duvidavam e aqueles que ainda acreditavam nas histórias que Murphy queria contar.

Satan Ghost

Apocalypse começa literalmente com o fim do mundo. Após bombas nucleares explodirem em todo o planeta, conhecemos um grupo de sobreviventes que conseguem um lugar em alguns dos poucos postos de acolhimento do continente. Dentro do bunker estão a digital influencer Coco (Leslie Grossman), sua assistente Mallory (Billie Lourd), seu cabelereiro Gallant (Evan Peters) e a avó dele, Evie (Joan Collins). Além do grupo, estão a apresentadora Dinah (Adina Porter) e mais alguns personagens periféricos, entre eles um jovem casal que teria ganhado sua posição por terem o DNA perfeito para perpetuação da espécie. O bunker é administrado por Venable (Sarah Paulson) e Mead (Kathy Bates), que logo se revelam sádicas interessadas em transformar o lugar numa câmara de tortura.

É nesse cenário que esses sobreviventes recebem o forasteiro Michael Langdon (Cody Fern), que vem a ser ninguém menos que o filho do Rubber Man, da primeira temporada. Ou – como fica claro depois – o filho de Satan, concebido através das forças malignas presentes na casa dos assassinatos. Michael chega para dar início a seu plano de reorganização do que restou da humanidade e seu poder como anticristo fica evidente muito cedo. Como tem acontecido constantemente em produções de Murphy, a história foi organizada em blocos temporais diferentes, o que proporcionou uma condução bastante instigante do crossover. Quando as bruxas do Coven finalmente adentram a narrativa, a temporada cresce e se torna completa.

ReCoven

Foi como se Apocalypse reunisse três estéticas distintas: o retorno aos conceitos visuais das temporadas revisitadas e a própria visão artística do presente vigente na trama. Uma reprodução maior do que vimos na abertura, uma junção de três propostas se sobrepondo, o que pode parecer caótico à primeira vista, mas que graças a um bom planejamento, funcionaram harmonicamente na temporada. Os ângulos diagonais, muito inferiores e muito superiores de Murder House; o branco quase estourado de Coven, com direito a volta de sua trilha quase infantil, composta unicamente de “lá, lá, lá’s”. Todas essas visitações ao passado e a outros estilos fazem a temporada ter menos unidade visual, o que é completamente perdoado pelo que isso significa dramaturgicamente falando.

Um a um, os problemas do resultado final de Coven foram sendo corrigidos nos episódios que compunham o grande flashback que ocupou a maioria da temporada. Mortes, finais trágicos, tudo foi reconsiderado em nome do fan service, mas também a serviço de uma narrativa. O grupo de fãs que se divertiu na terceira temporada teve a chance de rever esses elementos; e o grupo que se frustrou teve a chance de assistir as coisas sendo reajustadas. Além disso, a trama envolvendo um grupo de feiticeiros serviu para adicionar bons embates protagonizados por Billy Poter, um dos feiticeiros da confraria masculina que rivalizou perfeitamente com as bruxas. É seguro dizer que essa revigoração do universo de Coven foi o grande ganho desse oitavo ano da série.

Lily Rabe, Taissa Farmiga, Gabourey Sidibe, Jamie Brewer, Frances Conroy, Emma Roberts, o clã absolutamente completo. Com Ryan Murphy tendo divulgado tão cedo que todos iriam voltar, o espectador passou a lidar com a expectativa de como seriam esses retornos. Corajosamente, os roteiros não caíram na cilada fácil de torna-los apenas frutos da lembrança e encontraram justificativas plausíveis para cada um deles. Inesperadamente, acabaram sendo as bruxas o grande trunfo de Apocalypse, sobretudo quando a segunda metade da temporada começou a colocar em risco a boa condução dos eventos.

Not Today Satan

Talvez o momento mais esperado desse ano tenha sido o episódio dirigido por Sarah Paulson. A atriz – que fez três personagens diferentes – ficou com a função de cuidar do retorno ao universo de Murder House. Para desvendarem o passado do anticristo, as bruxas visitam a residência e lá os fãs reveem todo o cast que iniciou a trajetória da série. Connie Britton, Dylan McDermott e até alguns dos fantasmas do primeiro ano reapareceram. Farmiga e Peters (que também fez muitos personagens no decorrer dos episódios) reviveram o casal inicial da antologia e é claro que o retorno de Jessica Lange foi o mais esperado e mais festejado pelos fãs. A grande musa da série retomou seu primeiro personagem e o fez com a mesma competência de sempre. Infelizmente, o trabalho de Paulson na direção e o roteiro equivocado acabaram não correspondendo aos bons momentos vistos até esse ponto da temporada.

Os problemas continuaram na reta final, quando as explicações para o apocalipse precisaram acessar os aspectos científicos. Sempre debochado e provocativo, o texto da marca Ryan Murphy flertam constantemente com a crítica ao mundo do entretenimento, ao american way of life e o faz com doses altas de comicidade e cinismo. A fórmula – sempre bem vinda – ultrapassou a referência e agrediu a evolução dos acontecimentos com uma flexibilização severa da realidade. A voz incisiva do texto da série começou a soar paródica, o que para a ilustração do caminho do anticristo resultava em deslocamento de contexto. É claro que mostrar nerds poderosos enriquecidos no Silicon Valley e transformando a própria mediocridade humana em arma é típico da voz mordaz de Murphy. Porém, o que o texto conseguiu foi se assemelhar perigosamente ao descontrole criativo de outras investidas do showrunner, como Scream Queens.

As coisas se arrumaram na reta final, com o caminho de descobertas do anticristo convergindo com a responsabilidade das bruxas em restabelecer a vida. A mitologia das temporadas revisitadas foi reverenciada de maneiras muito bonitas e apesar dos tropeços, Apocalypse conseguiu encerrar sua história com coerência. O ritmo frenético dos episódios (muitas vezes com menos de quarenta minutos de duração, sem intervalos) aumentou a sensação de que mais dez minutos em cada um poderiam ter fechado melhor as propostas narrativas. Mas, ainda assim, em retrospectiva, não foram deixadas pontas soltas. A temporada foi uma grande celebração da mitologia que se marcou na história da televisão de uma forma extremamente representativa. Não foi apenas um crossover entre Coven e Murder House, mas uma declaração de admiração entre as partes, espectadores e produtores.

Com cara de última temporada, Apocalypse também aumenta as expectativas sobre o futuro. Há muitas teorias sobre o nono funcionar como uma continuação; e é sabido que manter a identidade da antologia depende de seu elenco. Sarah Paulson e Evan Peters, remanescentes de todos anos, podem estar cansados e a ausência deles em temporadas futuras pode prejudicar a tão segura trajetória da produção nesses oito anos de existência. Apocalypse teria sido uma última temporada adequada. Mas, ao que parece, as analogias tomadas de sátira e drama que compõem o DNA de American Horror Story vão continuar no ar por algum tempo. Que seja, então, fazendo o horror de primeira qualidade (o horror categórico) que muitas vezes não lhe é creditado, mas que ela tem em profusa abundância.

Nota do Crítico:fourhandsÓtimo

Capitã Marvel | Arte inédita detalha armadura de Jude Law; confira

Filme estreia em março

Julia Sabbaga/omelete/29.12.2018
Capitã Marvel | Arte inédita detalha armadura de Jude Law; confira

Uma imagem promocional de Capitã Marvel foi publicada no Reddit, revelando maiores detalhes da armadura do personagem de Jude Law. Confira:

New look at Starforce Commander from Captain Marvel from r/marvelstudios

 

Capitã Marvel estreia em 7 de março no Brasil.

Dragon Ball Super Broly | Gogeta é destaque em novo comercial do filme

Filme chega ao Brasil na próxima semana

Camila Sousa/omelete/29.12.2018

Dragon Ball Super Broly – O Filme ganhou um novo comercial que destaca a força de Gogeta. Veja abaixo:

Apresentado há 25 anos, no filme Dragon Ball Z: O Poder Invencível, Broly é um dos Saiyajins mais poderosos da história que cresceu odiando o Goku e se tornou um dos seus principais rivais. Contudo, ele nunca havia feito uma aparição canônica – que acontecerá no novo filme.

O design de personagens e o roteiro são do criador Akira Toriyama. A estreia no Brasil está marcada para 3 de janeiro.

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